Na aurora da era de ouro da Inteligência Artificial, a humanidade testemunha um renascimento sem precedentes em termos de criatividade e inovação. A IA Generativa vive um momento de esplendor, transformando o mercado e a sociedade. Uma (R)evolução que ultrapassa qualquer fronteira – seja na arte, educação, ciência ou tecnologia. E desbloqueia futuros e novas palavras.
A lista inclui conceitos como dados sintéticos, ESG Data, IA Expert, tech-otimistas, progressofobia, sociedade 5.0, captologia, utilidade quântica, phygital, web3, blockchain, crypto, tokenização, omniverso, economia azul e outras palavras que nos mostram aqueles raros momentos que mudam tudo.
Artistas, cientistas e inventores do século 21 enxergam na IA uma extensão da sabedoria humana, capaz de acessar possibilidades antes inatingíveis. Em 2019, por exemplo, os modelos de linguagem de grande porte mais reconhecidos possuíam cerca de 1,5 bilhão de parâmetros (ChatGPT). O número pulou para 540 bilhões de parâmetros em 2023 – um salto exponencial que nos permite pensar o impensável.
O coração dessa era dourada é ocupado pela criatividade e pela curiosidade. Ambas são consideradas o “novo petróleo” – um posto que vinha sendo ocupado pelos dados até bem pouco tempo. Extrair o melhor das disrupções que estão surgindo, entretanto, também exige a maturação de outros valores fundamentais – como serenidade, alfabetização emocional, autenticidade e sensibilidade social em tempos de turbulências.
Nas fronteiras da IA, surgem empresas pioneiras como a Colossal Lab, comprometida com a desextinção de espécies terrestres. Já a RunwayML está revolucionando a criação de vídeos. A Axiom Space se dedica a quebrar barreiras no setor espacial. Enquanto isso, a Hu.Ma.Ne aposta em devices pessoais de IA – e a NhRP avança na vanguarda da tradução de linguagem animal por meio do uso de inteligência artificial. São apenas alguns exemplos de uma crescente lista de empresas que ocupam a vanguarda da inovação no mundo dos negócios.
Vivemos uma verdadeira corrida do ouro. De um lado, uma Era Cambriana da IA Generativa. Do outro, os tempos pós-normais. É um período intermediário, em que velhas ideias desaparecem, novas precisam nascer e poucas parecem fazer sentido. E nos relembra Victor Hugo e os ventos da (R)evolução Francesa: “O futuro tem muitos nomes: para os fracos, é o inalcançável; para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, é a oportunidade”.
Sejam todos muito bem-vindos, tech-otimistas. //
Gil Giardelli é professor, conferencista e membro da World Federation Future Studies e da World Future Society.