A missão de manter a competitividade em alta diante de cenários desafiadores é levada a sério pela Bem Produtos e Serviços. Em 2018, a empresa lançou seu PMO Agile, um escritório responsável por implementar os preceitos da cultura ágil em toda a organização. Desde então, os esforços são concentrados em dois grandes objetivos. O primeiro visa gerenciar, monitorar e apresentar projetos envolvendo as mais diferentes áreas. Já o segundo envolve uma questão mais abrangente e, de certa maneira, difícil de mensurar: modificar o mindset dos colaboradores e adequá-los a novas maneiras de trabalhar. Afinal, a agilidade propõe a quebra de diversos paradigmas.
A escolha do framework foi rápida, e a opção foi pelo Scrum, o mais prático e popular conjunto de ferramentas e técnicas para o desenvolvimento de métodos ágeis do mundo. Embora qualquer framework seja passível de adaptações, na Bem os elementos básicos do Scrum acabaram mantidos. O mais famoso é o squad, grupo multidisciplinar formado para cada projeto. Outro são os sprints, como são chamadas as etapas de um projeto.
Entre os participantes elege-se um Scrum Master e um Product Owner (PO). Como facilitador, o Scrum Master remove obstáculos que atrapalham o squad. O PO, por sua vez, é uma pessoa vinculada diretamente ao desenvolvimento de produto. Cabe a ela determinar e ajustar a lista de funcionalidades esperadas para o que está sendo trabalhado. Tanto o Scrum Master quanto o PO devem passar por treinamentos específicos. Aliás, todos os participantes do PMO Agile da Bem são capacitados em agilidade. A equipe, que é fixa e conta com cinco funcionários, passou por treinamentos ligados à entrega de valor e auto-organização, entre outros.
Crescimento exponencial
Na Bem, os sprints têm duas semanas de duração. Em cada um trabalha-se com um objetivo específico, sempre com foco na construção do Produto Mínimo Viável (Minimum Viable Product, ou MVP), Ao fim de cada sprint ou ciclo, tudo que foi realizado é experimentado e avaliado. A partir do feedback proporcionado pelo PO e stakeholders, a equipe parte aos aperfeiçoamentos. Aqui, uma das vantagens é não precisar esperar o projeto acabar para analisar os resultados – o que impulsiona a melhoria contínua.
Outro aspecto importante na estratégia do PMO Agile da Bem é a adoção da cultura ágil de maneira escalonada. Os primeiros passos foram no departamento de Tecnologia da Informação. A medida é indicada por especialistas quando envolve setores tradicionais da economia, como o financeiro. Depois da etapa inicial, o PMO Agile vem sendo expandido a outras áreas, mirando a conexão da empresa como um todo. “O objetivo é atingir o conceito de business agility, quando expandirmos a metodologia para diversos setores e transformarmos todo o ambiente de negócios em ágil”, explica Fabio Rocha, líder do PMO Agile da Bem.
Apesar de funcionar há apenas um ano e meio, o escritório de projetos da Bem vem colhendo ótimos resultados. Enquanto a complexidade de execução de projetos cresceu 67%, a efetividade nas entregas teve aumento superior a 90%. “Buscamos a excelência em agilidade para que essas margens continuem sempre crescendo”, completa Rocha.
Elementos básicos do PMO Agile
// Treinamento: Todos os colaboradores envolvidos em projetos passam por capacitações para garantir a aplicação eficiente da metodologia e promover a transição para um mindset ágil;
//Adoção escalonada: A aplicação por etapas – começando pelo setor de TI antes de migrar para outras áreas – dá tempo para adaptações culturais e cria pontos de agilidade que, no futuro, serão conectados;
//Framework: A opção pelo Scrum e suas ferramentas básicas, como a formatação de equipes em squads e a adoção de sprints, acelera a curva de aprendizagem da empresa.