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Douglas Souza: Prontas para o amanhã

A TRANSFORMAÇÃO É A REGRA DO MERCADO. E AS EMPRESAS FINANCEIRAS FUTURE-READY SABEM DISSO MELHOR DO QUE NINGUÉM. DOUGLAS SOUZA, CEO DA ESCOLA DE NEGÓCIOS CNEX, APONTA OS ITENS ESSENCIAIS PARA AS ORGANIZAÇÕES QUE DESEJAM ESTAR NA LINHA DE FRENTE DESSA JORNADA


Douglas Souza – CEO DA CNEX, ESCOLA DE NEGÓCIOS COM FOCO EM INOVAÇÃO E LIDERANÇA
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por obile
Douglas Souza

No cenário dinâmico e desafiador do mercado financeiro, o conceito de “future-ready” tem se destacado como uma bússola para empresas que buscam não apenas sobreviver, mas prosperar em um ambiente de constante transformação. Se­gundo a MIT Sloan Management Review, uma empresa future-rea­dy é aquela que possui agilidade, resiliência e inovação necessárias para se adaptar rapidamente às mudanças do mercado e às novas tecnologias. Gosto de introduzir esse conceito sustentado por três pilares principais: processos ágeis, tomada de decisão baseada em dados e cultivo de uma cultura de inovação. Vamos explorar cada um desses pilares e como eles podem ser aplicados no setor financeiro.

1 – PROCESSOS ÁGEIS

A agilidade organizacional é cru­cial para empresas financeiras que desejam ser future-ready. Isso significa que a empresa deve ser capaz de responder rapidamente a mudanças, sejam elas regulató­rias, tecnológicas ou de mercado. Implementar metodologias ágeis, como Scrum ou Kanban, pode aju­dar as equipes a trabalhar de for­ma mais eficiente e colaborativa, permitindo uma adaptação mais rápida a novos desafios e oportu­nidades.

No contexto financeiro, a agi­lidade pode ser aplicada na adap­tação a novos regulamentos ou na incorporação de tecnologias emergentes, como blockchain e inteligência artificial, de maneira mais rápida que os concorrentes. Um exemplo prático é a capacidade de desenvolver e lançar produtos financeiros inovadores em resposta às mudanças nas preferências dos clientes, mantendo sempre o foco na melhoria contínua dos processos internos. É o que, na prática, esta­mos vendo com a onda de hiperper­sonalização de produtos financeiros nos últimos tempos.

2 – TOMADA DE DECISÃO BASEA­DA EM DADOS

Em um mundo onde dados são pre­missas para crescimento e ganho de competitividade, a capacidade de coletar, analisar e interpretar essas informações de maneira efi­caz é fundamental para as empre­sas financeiras que desejam ser future-ready. A tomada de decisão baseada em dados permite que as organizações identifiquem tendên­cias de mercado, entendam o com­portamento dos clientes e desen­volvam estratégias mais precisas e eficazes.

Para isso, as instituições finan­ceiras devem investir em tecnolo­gias de análise de dados avançadas e na formação de equipes capacita­das para interpretar essas informa­ções. Além disso, a implementação de sistemas que integrem dados de diferentes fontes pode fornecer uma visão mais completa e preci­sa, facilitando decisões informadas que impulsionam o crescimento e a competitividade.

3 – CULTIVO DE UMA CULTURA DE INOVAÇÃO

O último pilar para se tornar uma empresa future-ready é cultivar uma cultura de inovação. Isso im­plica encorajar a experimentação,

tolerar o fracasso como parte do processo de aprendizado e promo­ver um ambiente onde novas ideias possam surgir e ser testadas rapi­damente.

Empresas financeiras que ado­tam uma cultura de inovação es­tão mais preparadas para explorar novas oportunidades e se adaptar a mudanças disruptivas. Isso pode incluir desde o desenvolvimento de novos modelos de negócios até a criação de soluções tecnológi­cas que melhoram a experiência do cliente. É importante que a lideran­ça da empresa promova ativamente a inovação, incentivando todos os níveis da organização a contribuir com ideias e soluções criativas.

PLANEJAMENTO FINANCEIRO FUTURE-READY

Para alinhar o planejamento finan­ceiro ao conceito future-ready, as empresas devem incorporar prá­ticas que não apenas garantam a sobrevivência no presente, mas que também criem uma base sólida para o futuro. Algumas estratégias es­senciais podem icluir:

• Gestão de riscos dinâmica: é crucial desenvolver sistemas para identificar, avaliar e mitigar riscos de forma proativa. Isso envolve a utili­zação de dados em tempo real para prever possíveis ameaças e prepa­rar respostas rápidas e eficazes.

• Investimento em tecnologia: a alocação de recursos em tecnolo­gias emergentes deve ser uma prio­ridade. Isso não apenas melhora a eficiência operacional, mas também posiciona a empresa para aproveitar novas oportunidades de mercado.

• Foco no cliente: o planejamen­to financeiro deve ser centrado no cliente, garantindo que as ofertas de produtos e serviços atendam às necessidades em constante evolu­ção dos consumidores. Isso pode ser alcançado por meio de análises de dados avançadas que forneçam insights sobre preferências e com­portamentos dos clientes.

• Flexibilidade orçamentária: a capacidade de ajustar rapidamen­te as alocações orçamentárias em resposta a mudanças nas condi­ções do mercado é essencial. As empresas devem manter reservas financeiras que permitam ajustes rápidos e estratégicos – e essa capacidade, na minha opinião, é o mais desafiador por questões de governança (mas isso é uma con­versa para outro texto).

INTEGRAÇÃO DOS PILARES

A integração desses três pilares — agilidade, dados e inovação — cria um ciclo virtuoso que potencializa a capacidade da empresa de se adap­tar e prosperar. Processos ágeis fa­cilitam a implementação rápida de insights gerados a partir de dados, enquanto uma cultura de inovação garante que a organização esteja constantemente em busca de ma­neiras de melhorar e evoluir.

Empresas financeiras future­-ready não apenas reagem às mu­danças do mercado; elas antecipam essas mudanças e moldam o futuro do setor. Ao adotar esses pilares, as instituições podem transformar de­safios em oportunidades, garantir a satisfação e fidelidade dos clientes e, finalmente, alcançar um cresci­mento sustentável.

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