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Revolução subatômica

Os computadores quânticos são a nova fronteira tecnológica. Extremamente velozes, esses processadores podem fazer cálculos considerados inviáveis até para supercomputadores convencionais. O diferencial está em um sistema de dados que utiliza partículas menores do que um átomo, não limitadas ao modelo binário


Paula Chidiac
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por obile
Computador quântico

Varredura eficaz 

Essa abordagem seria útil para traçar previsões em cenários com milhares de nuances. Um computador quântico poderia apontar como o organismo de diferentes pacientes reagiria a um tratamento. Ou avaliar rotas logísticas levando em conta diversas influências. 

Isso aqui é a elite 

Não à toa, um computador quântico custa aproximadamente US$ 100 milhões. Há cerca de 30 deles no mundo – 20 só com a Intel. Ou seja, não há previsão de termos dispositivos domésticos com essa tecnologia. 

Dublê de si mesmo 

A chave dessa tecnologia está na superposição dos bits quânticos (qubits). Bits de computadores comuns só podem ter dois valores: 0 ou 1. Já os qubits comportam ambos ao mesmo tempo, sem se fixar em um deles. 

Sensíveis demais  

O potencial quântico, entretanto, ainda não se materializou totalmente. Isso porque é difícil estabilizar os qubits e fazê-los operar em sintonia. Tremores, ruídos e temperatura podem alterar dados e diminuir a precisão dos cálculos. 

O novo Graal  

O termo “supremacia quântica” se refere à prova cabal de que um computador quântico oferece uma larga vantangem sobre a capacidade de processamento de um supercomputador tradicional. Essa disputa gera controvérsias no mercado. 

Múltipla checagem 

Essa versatilidade gera um potencial de análise muito maior. Por exemplo: uma senha de sete dígitos tem 720 combinações. Um computador convencional testa uma por uma até achar a correta. A máquina quântica simula todas quase ao mesmo tempo. 

Cheio de manias  

Daí o fato de um computador quântico exigir condições específicas para funcionar. A temperatura da sala deve ficar próxima do zero absoluto (-273ºC). Também é preciso instalar feixes de laser para evitar interferências eletromagnéticas. 

Treta quântica 

O Google jura ter alcançado a tal supremacia por meio do Sycamore. Em 2019, o processador teria levado 3 minutos para fazer cálculos que o Summit, um supercomputador da IBM, demoraria 10 mil anos. A IBM alegou exagero: o Summit precisaria de só dois dias. 

Outras curiosidades 

  • Lacração: A cibersegurança deve ganhar muito com a tecnologia quântica, em razão da criação de criptografias invioláveis; 
  • Sabe tudo: Já a amplitude de variáveis analisadas tende a ser muito útil para turbinar o machine learning; 
  • Pais da submatéria: A computação quântica tem três pais: todos físicos. O conceito foi criado pelo americano Paul Benioff, em 1981, e evoluído por seu compatriota Richard Feynman no ano seguinte. Em 1984, o britânico David Deutsch elaborou o primeiro algoritmo quântico; 
  • US$ 4,8 bilhões: Será o valor movimentado pela computação quântica até 2026, segundo a IDC; 
  • US$ 1 trilhão: É o salto que esse mercado dará até 2035, pela projeção da McKinsey; 
  • 433: É a quantidade de qubits do Osprey, o computador quântico mais potente da atualidade, lançado em novembro de 2022 pela IBM; 
  • 127: Era o número de qubits do Eagle, a versão anterior da IBM. O projeto da fabricante é chegar aos 4 mil qubits até 2025; 
  • 30 trilhões de anos: É o tempo que um computador doméstico levaria para resolver cálculos que o Zuchongzh faz em um milissegundo. A máquina tem 60 qubits e foi desenvolvida por universidades da China em 2021. 

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